03/12/2009

Get a Mix


Começa a azáfama, o frenesi das gentes pela rua a fora, cheias de sacos, de vontades, de listas, constantemente ao tlm na esperança de acertarem em cheio nos desejos dos outros. Lá vão elas, as gentes... por essas ruas (nem ouso falar dos medonhos corredores, a evitar, dos centros comerciais). Lá vão, seguríssimas de conseguirem A PRENDA, aquela que ninguém vai ter antes, e todos terão, afinal depois...
Refresquem-se, vem aí o Mundo Mix, verdadeiro bálsamo no meio do consumo.
Eu vou lá estar, Oxalá consiga, vale mesmo a pena.
LX Factory. 4, 5, 6 de Dezembro. 12h00- 22h00.

11/11/2009

Castanho-Laranja-Mel


Mesmo a calhar, o Outono e o fresco da manhã. As cores não se agrupam por acaso. Por estes dias só me apetece o castanho, o verde-terra, os tons da madeira, os tons quentes. O colar de hoje aquece-me a vista e o colo. Quando coloco os dedos sobre ele, devolve-me calor, que sensação mais aconchegante, agora que há por aí gripes e gente que tosse e não pára. Nestes dias de Magusto prolongado, sabe bem fazermos conjunto com o tempo, lá fora. Podemos sempre colocar um apontamento diferente, como aquela folha verde-persistente numa copa castanho-laranja integral. Ainda não me apetece o vermelho. Só o de ontem, que fez felizes os meus dois adeptos mais calorosos. Vermelho ainda não. Castanho, escuro, claro, alaranjado. Sândalo. Cores e cheiros que se combinam na perfeição. De repente, estou a lembrar-me de um sem número de possibilidades, de combinações para os meus artefactos. Não está fácil recuperar as minhas caixas de trabalho… tenho lá duas “caixinhas cheias de tesouros que perguntam por mim”, diariamente, às quais sou incapaz de virar costas, tal é o sorriso que me oferecem.
Vou voltar aos castanhos em força, castanhos diferentes. Com cheirinho a castanhas assadas que saem das mãos enfarruscadas dos vendedores – nada mais típico! Lá vou eu, rua Augusta a fora, luzes ao longe (só espero que não sejam néon, este ano. Fazem falta os tons quentes, os amarelos, os laranjas, dourados), botucha Mustang-mel, corsários em banda, malucha de pele das boas (oferta da mã), aquele sempre eterno lenço (seja Inverno ou Verão), casaco militar de pele-mel, pronta para sentir esse cheiro que só Lisboa tem no Outono.
Oxalá chova amanhã, e faça algum vento, caiam as folhas, amarelo-alaranjado, e rodopiem à nossa volta - a nossa “cereja em cima do bolo”, tal castanha no antes jornal, agora pacote. Esqueçamos o pacote, concentremo-nos nas quentinhas, a estalarem na brasa.

03/11/2009

Gostei DOIS


Mas quando não é o calçado, mas sim qualquer outra peça, nestes quatro elementos “assentavam que nem uma luva" estes aqui…
Mala big-franjas da Stefanel (5), brincos em prata da Pedra Lua (eu quero………….!) (6), Écharpe mesmo ao meu jeito Modalfa (outra vez estes?) (7). Algumas destas peças mesmo, mesmo a calhar com a bela da calça de ganga preferida, a que passamos a vida a tirar do armário. That’s all for today, folks.
Just hoping for some rainy day, tomorrow, just in time to get my boots!

Gostei UM


Às vezes é o meu calçado a ditar tudo o resto, às vezes apenas uma écharpe, às vezes nada mesmo, porque não me apetece pensar, simplesmente vestir e andar, que já se faz tarde. Bom, para já aqui ficam estes e estas: Flores na Lanidor (2), Sabrinas “leopardo” (3), Castanhas cano alto na Modalfa (Modalfa…?) (1) e bege-dourado, Tory Burch for net-à-porter (4).
Calçadozinho à medida!

28/10/2009

Reencontros e tacones en Alfama


Nada mais auspicioso. Noite quente de Outono, a primeira saída em 6 meses... e o reencontro com amigos lá longe. “É hoje que calço os meus sapatos todos giros, fivelita fina, salto alto! Ah, e aquele-vestido-preto-nunca-me-comprometo. Aqui vou eu, braço dado na companhia perfeita e muita ansiedade: vou reencontrar velhos amigos!”. Confiante saio para a rua, pela estrada fora nada de tão novo assim, “ok, os tacones são lejanos, mas eu aguento…” (digo eu que aguento porque ainda não tenho na planta do pé, nos gémeos, no peito do pé, no conjunto, o “peso” de 9+5 meses sem praticamente usar saltos). No carro vou maravilhosamente bem (apenas sinto uns joelhos um pouco mais colados ao queixo!). A primeira paragem é importante, vamos buscar os nossos amigos de longe, aqueles que vamos rever hoje, depois de quase 20 anos, Cristo! Depois do primeiro impacto, meio a medo, meio a querer gritar “saudades…!", é hora de pôr tudo em dia. De novo no carro, os meus pés lá vão, contentes da vida, “assim vai ser canja, sempre sentadinha, pezinhos no relax…". Avançamos por Lisboa, Santo António de Alfama espera-nos com entradinhas-maravilha. Carro estacionado, saímos de novo para a rua, “que bela noite, que calor…” – os pés lá se aguentam, bem firmes. “Talvez seja já ali…” – começo eu a ponderar. “Ora Alfama, Alfama… se bem me lembro, é um bairro assim, digamos, a subir… certo… certo?! Pois. Então… porquê querer provocar a sorte recorrendo a saltos passados largos meses de rasos, rasinhos? Hum? Saltos?! Saltos?! Tens cada ideia! Não te podias ter ficado apenas pelo vestido-preto-com-o-qual-nunca-me-comprometo? Oh, mulher… manias. Vá, concentra-te, estamos quase a chegar, não percas de vista a melhor companhia! Esplanada, Interior do restaurante, escadas…! Aguentem pés, a seguir estarão umas horitas em descanso. Uf, beijos dados e já estamos todos sentadinhos, thanks God. “Assim vale a pena vir de tacones!”. O gelo do reencontro com os nossos amigos quebra-se em... 2 segundos e passados 15 minutos já somos de novo muitos, discernimento a mais, discernimento a menos. As grandes lembranças passeiam-se pela mesa entre as entradinhas, os copos e os sorrisos. Há documentos que passam de mãos e comprovam a nossa rebeldia de então. Agora já só pensamos como será com os nossos filhos, daqui a nada…! Em quatro horas fazemos “aquele flash”, tanta coisa para dizer. Dos pés… nem sinal. E continuamos, com os fados vadios a percorrerem as ruelas de Alfama, e nós completamente absorvidos pelas vozes uns dos outros. Depois do quente dos inevitáveis cafés, olhamo-nos e já custa reconhecer a despedida. A mim, para além disso, esperam-me lá fora umas boas descidas, escadas incluídas e umas pedras lisinhas a pedirem queda. Caminhamos, devagar (eu por razões óbvias) e todos, se calhar, a pensar em querer ficar, só mais um bocadinho. O que há de diferente, e só isso, é um mundo de gente que espera por nós ainda hoje, e amanhã, esse novo mundo que não pára, haja tacones lejanos, sapatos rasos ou chinelos.
Oxalá chova amanhã, ou outro dia, mas que a chuva sempre deixe este sabor a lembranças, mesmo com pezinhos de molho, no dia seguinte.

21/10/2009

Quatro semanas, ok?!


Porque é que as calças teimam em estar justas?! Ok, girls, têm, vamos dizer… 4 semanas (assim dito parece bem mais do que apenas um mês…) para me servirem! É isso, ou mudam de rabos e pernas e etc. Vocês decidem, e já agora, tentem não gozar ainda mais o prato quando vêm sequinhas do estendal, porque aí o drama é bem maior, mesmo antes de vos dar aquela habitual coça de, “estica-à-força-porque-se-te-vestia-antes-vais-ter-de-entrar”!
38, é pedir muito? Não é 38,5, não é 38,7, não!!! É 38. Ok?! Quatro semanas!!! Não esquecer. É isso, ou faço-vos uma razia, dizimo-vos, numa fogueirinha das boas, e vou a correr a umas 20 lojas que já tenho em mente!
Oxalá chova amanhã e vocês se molhem todas e eu tenha de ir às compras mais cedo!

20/10/2009

E choveu...!


Veio a chuva, bem pedi por ela! De noite soube-me bem ouvi-la mas à medida que se aproximava a saída para a rua… a minha vontade ia-se enroscando mais e mais no sofá. Como é que eu vou sair com este vento+chuva e mais dois filhotes, um pela mão, outro no colo…? Anda vá, temos de nos pôr ao caminho. Em dois segundos completamente ensopada nas costas e a pensar: - «Então, não és tu a do "Oxalá Chova Amanhã”? Parece que é parva…! Agora , olha, molha-te para aí!». E lá fui eu, mais… primeiro um que meto na carrinha, depois o outro filho, e a porteira a dizer: - «Ai coitada, então mas à chuva?!» - «Ai senhora, mas como quer que vá, então?!» - não. Decido-me por um: - «Não me leve a mal, mas estou atrasadíssima, tenho de sair já, até logo…» - e eu e carrinho e filho, tudo a levar com os grossos pingos, eu na testa, ele só a vê-los empapados no forro do carrinho. Apeteceu-me gritar, Socorro, pára aí um bocadinho, mas depois lembrei-me: - «És mesmo parva… quem te manda fazer títulos engraçadinhos de blogues?!». O tempo passado no caminho parece-me um paraíso, nada de pingos vindos de fora, apenas os que escorrem pelo cabelo e me estão a estragar um pouco o pozinho nas maçãs do rosto. Mais aventura ainda, na chegada ao colégio, a chuva a não parar, e o vento a reinar. Traço um plano de ataque à Natureza e explico-o à minha filha: - «Veste já a tua gabardine e esperas, eu saio, tu ficas… ou não… melhor, tu sais também já… abrigada no chapéu-de-chuva gigante (antes tivesse um pequeno, porque este descontrola-se todo…). Vamos buscar o mano (entretanto ela já não me ouve, entretida a descobrir brinquedos no fundo do carro - perdi a minha única ajuda!!!) … e lá continuo sozinha, vou buscar o mano, que dorme, e depois acorda (agora é já o plano em si, não apenas em esquema), e o chapéu-de-chuva a bater contra a carrinha, o filho enervado (foi acordado e está a ser “sacudido”) e lá vamos, com o filho enburkado. - «Anda filha, vem sempre atrás da mãe!» (ela é a única com gabardine e capuz), e a filha irritada porque está a molhar os pés vai aos “ais” até à entrada. Largo o chapéu-de-chuva gigante e respiro fundo, chegámos. Tiro a “burka” ao miúdo e vou pelo caminho a desapertar a miúda, ávida do Inglês que vai aprender logo que entre na sala. Beijinho à mãe, até logo, porta bem!». «Um já está. Agora este, coitadinho, a enxuvalhar-se para cima e para baixo. Só faltam dois lanços de escadas, dois corredores, um refeitório, outro corredor… ok, ponto de chegada n.º “trezentos e cinquenta e seis” – «Comeu bem, às 8h30, sim, é o leite de biberão daqui a 3 horas, e sim depois venho eu alimentá-lo. Beijinho à mãe, filho, até logo!». Já só penso na chuva de regresso ao carro e depois acabou-se, terei um sonho de garagem à minha espera, um elevador, estou protegida.
Oxalá chova amanhã... bem menos!

16/10/2009

Santo que é Santo ajuda!


Socorro…! Eu tinha um manjerico … não, eu TENHO um manjerico (presente) mas ele não está bem… está estranho, parece estar a querer virar manjericão… faz sentido? Não é justo, foi tão espontânea a vinda dele cá para casa. Foi como deve ser: - “É Santo António, há cheiro de manjerico no ar, deixa-me cá surpreender o meu love, lá em casa”. Foi mesmo assim, como deve ser, com quadra a condizer. Dou água ao meu presente todos os dias... E agora... ele não está bem. Alguém percebe alguma coisa disto?
Ficamos à espera que alguém nos ajude, até porque a nossa hortênsia açoriana não vai aguentar se perder o grande amigo, Quiçá amor…
Oxalá recupere amanhã.

Retoques


Regra nº 1:
Nunca vestir aquilo com que queremos sair à rua se entretanto vamos alimentar o nosso filho de 4 meses! Pode não correr bem… e não correu. “Filho, faz o que quiseres mas não bolses, não… não… não…! Ah! Já está! Oh filho… espera, fralda? Toalhetes? Logo hoje que me achava tão gira (?!)” - desculpem, mas há dias assim, olhamo-nos e gostamo-nos ;-). Pois, mas o filho não achou… - “nãaaa, mãe, troca lá essa roupita, anda, gosto mais de te ver de azul-bebé”:-(. Portanto… o que há a fazer nestas alturas e se queremos MESMO continuar a achar que estamos giros)? Retocar! Pronto, já passei por cerca de… 30 pessoas hoje, crianças do colégio incluídas, e ninguém sequer (ousou) reparar se havia mancha! Assim, sim, “bons retoques” – pensei eu. E veio-me logo à ideia o meu baton. Pois, porque desde há… 4 anos a esta parte passei a batonar os lábios apenas, e só, depois de deixar a criançada na escola, motivo: poder dar-lhes um beijo de despedida cheio de mimo mas sem rasto de gloss, ou vermelho vivo, ou castanho-pastel ;-). O que quer dizer que, desde há 4 anos a esta parte, (e aqui entra a Regra n.º 2) faço como achava piada as outras mulheres fazerem: retoco, ou melhor só toco, sem o (re) os lábios... pra dar aquela corzinha, só pra dar aquele brilho. Brilho esse que eventualmente sairá nos primeiros goles saboreados de café, antes de olhar para a imensidão de palavras que me espera, diariamente :-). Diga-se que achava piada ao que as outras faziam mas não compreendia por que razão o faziam ali, no carro, à frente do espelho-retrovisor, e não em casa… Hipótese 1: o marido não gosta de a ver maquilhada; Hipótese 2: esqueceu-se da bolsa de maquilhagem no carro (!); Hipótese 3: Não teve tempo, nem braços suficientes, em casa (lava a cara ao filho, penteia o cabelo à filha…); Hipótese 4, e a mais provável: Gosta de entreter os carros vizinhos que esperam, cheios de nervos, que o da frente avance mais uns centímetros.
Depois de divagar sobre tudo isto, e de levar inclusive uma buzinadela, lá vou pensando que, se calhar, é melhor refrear um pouco esta coisa do retocar a pintura… se alguém nos bate, inadvertidamente, ficamos com um olho esborratado e uma grande dor de cabeça.
Regra nº 3: retoques, sim, mas com moderação, É quase tão mau como conduzir sob efeitos (de qualquer coisa, não importa o quê… noites mal dormidas, por exemplo). Oxalá me lembre de o fazer amanhã.

15/10/2009

Oxalá chova amanhã




Oxalá (I just love this word!) chova, só para ver a terra a fumegar, de tanto calor que ainda nos povoa. Serei só eu, ou anda tudo maluco com tanto grau?
É bom, sempre podemos tirar do armário a sandalucha-de-saldo-que-com-sorte-para-o-ano-ainda-estaria-na-moda-mas-que-(já-agora)-podemos-passear-pela-calçada! Ufa. Mas com crianças pela mão, algumas pelo colo, só se forem as rasas, porque com as de salto, cunha, compensadas e etc. sujeito-me a um trambulhão digno de filme a lançar posteriormente no You Tube. Para além de me arriscar a nunca mais ver os meus filhos, tal o impulso que as compensadas me proporcionam. From now one, escuso de pensar só pra mim, no trânsito, a gargalhada de ideias que me passa pela cabeça, no regresso a casa. Ou melhor ainda, no caminho para o começo de mais um dia, quando as ideias de pessoas como eu, que acordam sempre um tudo-nada mal dispostas, se aglomeram, umas atrás das outras, mas sempre com uma pontinha de fel.
Oxalá chovam amanhã, também, algumas ideias libertadoras, daquelas que nos fazem pensar "era mesmo disto que eu precisava!" - uma saída Zen, um encontro com as amigas, ao fim da tarde,"à Espanhola"... um ver-o-mar-ao-fim-do-dia-porque-estupidamente-têmo-lo-aqui-tão-perto-e-não-o-aproveitamos!
Oxalá me lembre de fazer como os monges: viver o presente, como uma dádiva, oxalá.
Oxalá continue como sempre fui, a gostar de muitas coisas e a partilhá-las! Oxalá chova amanhã para voltar a calçar as minhas botas (rasas!) franginhas que são quentes demais para usar nesta calina outonal.
Oxalá chova amanhã porque a minha nespereira-alecrim-espinafres-e-futura-laranjeira precisa de águinha, (águazinha, assim é que é)!
Oxalá chova amanhã, porque quando chove muito, muito, vem depois o calorzinho bom! Quando chove, a água sempre leva o desnecessário e deixa, no ar, um ambiente clean, onde podemos observar, com toda a calma, a simplicidade das coisas.
Oxalá me lembre, de NÃO levar o chapéu-de-chuva, caso chova amanhã! As primeiras gotas da rentrée farão renascer o sol em nós.